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Hoje é celebrado o beato Eustáquio van Lieshout, missionário da saúde e da paz

Hoje (30), a Igreja celebra o beato Eustáquio van Lieshout, sacerdote holandês que veio para o Brasil e ficou conhecido como missionário da saúde e da paz, por sempre abençoar e saudar os fiéis com essas duas palavras. Atualmente, seus restos mortais estão no Memorial do Santuário da Saúde e da Paz, em Belo Horizonte (MG), que atrai grande número de devotos.

Padre Eustáquio nasceu em 3 de novembro de 1890, em Aarle Rixtel, na Holanda, e recebeu o nome de batismo de Humberto van Lieshout. Ingressou na Congregação dos Sagrados Corações e foi ordenado sacerdote em 10 de agosto de 1919. Seis anos depois, em 15 de julho de 1925, chegou como missionário ao Brasil, juntamente com seus irmãos de congregação, os padres Gil van den Boorgart e Matias van Rooy.

Inicialmente, foram para a cidade de Romaria, no Triângulo Mineiro, onde assumiram a pastoral do santuário episcopal e da paróquia de Nossa Senhora da Abadia de Água Suja e das paróquias de São Miguel de Nova Ponte e Santana de Indianópolis, na arquidiocese de Uberaba.

Padre Eustáquio dava especial atenção aos doentes. Segundo sua biografia publicada pelo site do Vaticano, quando ministrava suas orientações pessoais para “ações curativas de enfermidades físicas padre Eustáquio falava da disposição de Deus em curar as pessoas integralmente e, sempre que possível, indicava medicamentos naturais de aquisição fácil e uso seguro”, sempre recorrendo aos seu “Manual de Medicina no Campo”.

Mais tarde, padre Eustáquio foi transferido para Poá (SP), onde “também fazia bênçãos, entre elas a da água no reservatório e nas pias de água benta, à entrada da igreja”. Com o tempo, “fiéis começaram a levar para a igreja garrafas de água para ser abençoadas”. Mas, com a repercussão de notícias de curas por meio das bênçãos do sacerdote, “o aglomerado de pessoas começou a aumentar em Poá”. Assim, ele foi transferido para Araguari (MG) e cumpriu um tempo de reclusão.

Em 1942, foi transferido para Belo Horizonte (MG), aonde chegou “sem alarde, já que era nacionalmente venerado como santo e taumaturgo. Porém, a despeito da discrição, logo nos primeiros dias muitas pessoas o procuraram pedindo bênçãos e curas”.

No dia 16 de maio de 1943, lançou a pedra fundamental da atual Igreja dos Sagrados Corações, conhecida como Igreja do Padre Eustáquio, que não chegou a ver construída. Padre Eustáquio morreu em 30 de agosto daquele mesmo ano.

Padre Eustáquio foi beatificado em 15 de junho de 2006, em missa celebrada pelo então prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal José Saraiva Martins, no estádio Mineirão, na capital mineira. A beatificação aconteceu após o reconhecimento da cura milagrosa de um sacerdote por sua intercessão. Padre Gonçalo Belém, de Belo Horizonte, foi curado de um câncer, em 1962. Na época, o sacerdote tinha 39 anos e descobriu que tinha um tumor na laringe e que deveria ser submetido a uma cirurgia, sem garantia de cura. Foi incentivado a pedir a intercessão de padre Eustáquio e assim o fez. Na véspera de sua cirurgia, os médicos não detectaram nenhum sinal do tumor. Padre Gonçalo Belém Rocha morreu em 2007, aos 83 anos.

Fonte: ACI Digital

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