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A humildade salva do Maligno e do perigo de se tornar cúmplice dele, diz o papa Francisco

Na audiência geral de hoje (22), o papa Francisco refletiu sobre uma virtude que está na raiz da vida cristã, a humildade, aquela que “nos salva do Maligno”.

Ao dirigir-se aos fiéis presentes na praça de São Pedro, no Vaticano, o papa disse que essa virtude “nos permite enfrentar o mais mortífero de todos os vícios, ou seja, a soberba”.

“Enquanto o orgulho e a soberba inflam o coração humano, fazendo-nos parecer mais do que somos, a humildade repõe tudo na dimensão certa: somos criaturas maravilhosas mas limitadas, com qualidades e defeitos”.

Depois, o papa destacou que “no coração humano surgem com frequência delírios de onipotência, muito perigosos, e isso fere-nos muito”.

Portanto, para nos libertar do orgulho, o papa convidou os fiéis a “contemplar um céu estrelado para redescobrir a medida certa”.

“Felizes as pessoas que conservam no coração esta consciência da sua pequenez! Estas pessoas são preservadas de um vício tremendo: a arrogância”, explicou.

Segundo o papa, a humildade é a primeira bem-aventurança, pois está na base das seguintes: com efeito, a mansidão, a misericórdia, a pureza de coração nascem desta sensação interior de pequenez. A humildade é a porta de entrada para todas as virtudes!”

Como exemplo concreto de humildade, o papa Francisco indicou a Virgem Maria: “A heroína escolhida não é uma pequena rainha que cresceu na infantilidade, mas uma jovem desconhecida: Maria”.

“Nem sequer a verdade mais sagrada da sua vida – ser Mãe de Deus – se torna para ela motivo de vanglória diante dos homens”, destacou Francisco. “Podemos imaginar que também ela conheceu momentos difíceis, dias em que a sua fé avançava na escuridão. Mas isto nunca fez vacilar a sua humildade, que em Maria era uma virtude granítica”.

O papa também sublinhou que “a humildade é tudo. É ela que nos salva do Maligno e do perigo de nos tornarmos seus cúmplices. E a humildade é a nascente da paz no mundo e na Igreja.”

“Onde não há humildade, há guerra, há discórdia, há divisão. Deus deu-nos o exemplo disto em Jesus e Maria, a fim de que seja a nossa salvação e a nossa felicidade. E a humildade é precisamente a vereda, o caminho da salvação”, concluiu.

Papa Francisco reza por vocações e pelo fim das guerras

No final da sua catequese, o papa Francisco dirigiu uma saudação especial às crianças que fazem a primeira comunhão neste mês de maio. Ao dirigir-se a elas, encorajou-as a ver a necessidade dos seus contemporâneos, que sofrem as consequências da guerra.

Da mesma forma, ao saudar um grupo de noviços presentes na praça, o papa lamentou a escassez de vocações na Itália e por isso convidou os fiéis a rezar pelo aumento delas.

Por fim, o papa afirmou: “precisamos de paz”. Ele pediu para não esquecermos a “martirizada Ucrânia, que tanto sofre”, assim como a Palestina e Israel. “Que essa guerra pare”, afirmou ele.

Ele também pediu para não esquecer Mianmar e tantos países que sofrem com conflitos. “Precisamos rezar pela paz neste tempo de guerra em todo o mundo”, disse o papa.

Fonte: ACI Digital

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