O fogo continua avançando pela Serra do Amolar, em Mato Grosso do Sul, e nesta quinta-feira (24) alcançou a RPPN (Reserva Particular de Patrimônio Natural) Acurizal. Essa área estava passando por ações de recuperação após os incêndios de 2020, e havia recebido o plantio de mais de 25 mil mudas.
A região queima há cerca de duas semanas, e nem mesmo as pancadas de chuva registradas nos últimos dias foram capazes de apagar os focos.
O Parque Nacional do Pantanal Matogrossense também já foi atingido. Ele é uma importante área de preservação ambiental, protegido por meio de decreto publicado em 1981 e abrange partes dos municípios de Corumbá, em MS, além de Cáceres e Poconé, no Mato Grosso.
Condições climáticas
Informações do IHP (Instituto Homem Pantaneiro), uma organização da sociedade civil que defende o Pantanal, fundada há 22 anos, apontam que o fogo avançou rapidamente devido a ventos fortes registrados na região, e temperaturas acima dos 40°C.
Segundo dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), de estação meteorológica localizada em Corumbá, a região tem registrado rajadas de vento superiores a 50 km/h. Nesta sexta-feira (25), os ventos chegaram a 58,32 km/h.
A Serra do Amolar tem extensão total de 80 km e, nesta quinta-feira, a linha de fogo dentro da RPPN Acurizal atingiu extensão de 11 km.
Combate às chamas
As condições extremas tornaram o combate ao incêndio inviável para os brigadistas. Foram mobilizados 6 da Brigada Alto Pantanal e outros 38 do Prevfogo/Ibama, além de duas aeronaves, usadas para dispersão de água.
“Diante desta tragédia, não vamos nos abater. Nosso trabalho incansável de monitoramento e combate continuará com ainda mais força”, afirma o IHP.
Além de equipe de resgate do Gretap/MS (Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal de MS), com profissionais do IHP, também estão no local profissionais do Ibama e da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco).
Fonte: Midiamax