Com 15 regiões turísticas, o Mato Grosso desponta como o primeiro estado do Centro-Oeste com maior número de regiões cadastradas no Mapa do Turismo Brasileiro. A região também responde pela produção industrial que mais cresce no país, especialmente no setor alimentício. Com isso, fica fácil entender os R$250 milhões destinados a desenvolver a infraestrutura aeroportuária do estado, incluindo Amambai.
Tamanha movimentação de aviões, carga e passageiros precisa ser bem administrada, mas imprevistos sempre acontecem. Só em 2023, mais de 18 milhões de passageiros sofreram com voos atrasados ou cancelados no Brasil.
Por que os voos atrasam?
A gestão de um aeroporto é uma tarefa complexa e multifacetada que exige expertise em diversas áreas, como operações aeroportuárias, segurança, infraestrutura, gestão de recursos humanos, sustentabilidade, além da capacidade de lidar com diversos stakeholders e fatores ambientais.
É um desafio constante que requer liderança, tomada de decisões rápidas e capacidade de adaptação a um ambiente em constante mudança. Mas alguns padrões se repetem.
Com mais de 100 anos de eventos registrados e analisados, considerando que a inauguração do primeiro aeroporto civil do mundo aconteceu no Reino Unido em 31 de maio de 1920, já foram identificados os 15 principais fatores pelos quais os voos atrasam:
- Restrições de controle de tráfego aéreo
- Condições climáticas adversas
- Ataques de pássaros
- Efeitos em cascata (por exemplo, atrasos em voos anteriores)
- Problemas técnicos com a aeronave
- Espera por passageiros ou bagagem em conexão
- Tripulação ausente
- Dificuldades técnicas com a aeronave
- Fechamento de aeroportos
- Greves de funcionários da companhia aérea ou do aeroporto
- Falta de pessoal de segurança
- Problemas de segurança
- Passageiros indisciplinados
- Atividade policial ou militar
- Razões comerciais (por exemplo, baixa ocupação de assentos)
O que fazer quando o voo atrasa?
De acordo com a Agência Nacional de Aviacao Civil (Anac), quando o voo atrasa o passageiro que comparecer ao embarque tem direito a auxílios que envolvem comunicação, alimentação e acomodação.
Tais auxílios visam minimizar o desconforto dos passageiros enquanto aguardam seu voo, como garantido pela resolução 400 da Anac. Eles devem ser oferecidos gradualmente pela empresa aérea de acordo com o tempo de espera, contado a partir do momento em que houve o atraso:
- Atraso superior a uma hora: facilidades de comunicação
- Atraso superior a duas horas: alimentação, de acordo com o horário, por meio do fornecimento de refeição ou de voucher individual
- Atraso superior a quatro horas: serviço de hospedagem, em caso de pernoite, e traslado de ida e volta.
Quando o atraso supera quatro horas, as companhias aéreas precisam oferecer outras alternativas aos passageiros, tais como:
- Reembolso integral da passagem, incluindo a taxa de embarque
- Reacomodação em outro voo da mesma companhia
- Reacomodação em um voo de outras companhias, caso não haja disponibilidade na mesma companhia aérea
- Remarcação do voo para uma nova data e horário, sem custo
- Maneira alternativa de transporte para chegar ao destino
O descumprimento desses direitos devem ser comunicados à Anac ou ao Procon.
Com os aportes financeiros previstos para a infra-estrutura aérea do Mato Grosso, a maior parte das causas de atraso relacionadas à infra-estrutura deve ser observada e mitigada.
Mas para aqueles que fizerem parte da estatística de prejudicados nos aeroportos, empresas especializadas no direito dos passageiros como a AirHelp podem ajudar nos pedidos de indenização financeira pelos transtornos causados por atrasos.
Fonte Amambai Noticias
